Ontem recebi visita de sobrinhos e primos e foi dia de churrasco. E hoje o almoço foi churrasco requentado. Delícia!
Quando ele fazia churrasco me devolvia carne crua, que sobrava. Aí eu olhava e perguntava: Por que não assou tudo? É, porque no dia seguinte sempre me dava vontade de comer mais churrasco. Na hora tenho que fazer tanta coisa, arroz, salada, temperar o frango, temperar o peixe etc etc. E daí fico ansiosa e como pouco. Mas no dia seguinte, ai que saudade.
E de tanto eu falar, agora ele sempre assa bastante, para sobrar churrasco para o dia seguinte. Às vezes eu até congelo.
E descobri que para aquecer o churrasco do dia anterior, ou mesmo o congelado, para mim a melhor forma é colocar em uma panela com tampa, pingar água no fundo e levar ao fogo baixo. Fica perfeito e não fica ressecado. Faço isso com tudo, carne, peixe, frango. Nosso churrasco sempre tem peixe.
Bem, vou contar. De tanto ser convidado para churrasco na casa de amigos e comer carne dura, meu marido cansou disso e resolveu aprender a fazer churrasco. Leu, pesquisou, viu programas na TV, comprou um jogo de facas - que só ele usa e fica guardado em um estojo lindo -, enfim, virou expert. Como disse, ele só precisa de ISO.
Um desses churrascos é lenda até hoje no meio dos amigos. O autor da façanha já morreu.
Aconteceu assim, logo no início da nossa vida de casados fomos convidados para um churrasco na casa desse amigo. Era inauguração da casa nova e ele convidou um monte de gente. Quando chegamos lá, por volta de meio-dia, o fogo não estava aceso e ele tontinho, sem saber o que fazia primeiro. Maridão resolveu ajudar e perguntou se podia ir preparando a carne. Pode, foi a resposta. Cadê a carne? Está ali, no isopor.
Ai, nosso finado amigo havia comprado a carne e deixou no congelador. No dia do churrasco ele resolveu descongelar dentro do isopor. Imagem, no mesmo dia, pela manhã, ele retira as "pedras" de carne do freezer e coloca dentro de um isopor e ainda tampa. Lógico que estavam duras do mesmo jeito que ele tirou do freezer.
Um olhou para o outro, o outro olhou para um. A essa altura há havia mais de um amigo para ajudar maridão. E aí fizeram uma reunião de emergência para saber o que fariam. Depois de contarem os votos contra e a favor, decidiram sair para comprar carne e o mais difícil, encontrar um açougue aberto.
Claro que o almoço demorou, demorou, demorou.
Depois dessa e tantas outras histórias, meu marido se tornou um ótimo churrasqueiro. E eu me dei bem.
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